Ex-presidente foi condenado a oito anos e dez meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo a BR Distribuidora
O ex-presidente Fernando Collor passou sua primeira noite no presídio Baldomero Cavalcante, em Maceió (AL), após ser preso na madrugada de sexta-feira (25) por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Condenado em 2023 a oito anos e dez meses de prisão em regime fechado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Collor teve recursos negados e começou a cumprir a pena.
Segundo a defesa, Collor foi detido pela Polícia Federal às 4h, quando se deslocava para Brasília para se apresentar voluntariamente. Após audiência de custódia e exames no Instituto Médico Legal (IML), foi transferido ao presídio, onde está em ala especial, que possui cerca de 20 celas com suíte.
Além da prisão, o ex-presidente foi condenado à perda dos direitos políticos por prazo equivalente ao dobro da pena e à indenização de R$ 20 milhões à União, solidariamente com dois empresários também condenados.
A defesa pediu a substituição da prisão por regime domiciliar, alegando que Collor sofre de comorbidades graves como Parkinson, apneia do sono e transtorno bipolar. A solicitação está sob análise do ministro Alexandre de Moraes, que aguarda manifestações do presídio e do procurador-geral da República, Paulo Gonet.
No STF, por maioria, os ministros mantiveram o cumprimento imediato da pena. Votaram nesse sentido Dias Toffoli, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Cármen Lúcia. Gilmar Mendes pediu destaque e transferiu o caso para o plenário físico. O ministro Cristiano Zanin se declarou impedido.
Por: Redação Multmídia