fonte: Coletivo de Comunicação do MRLT
MRLT denuncia grilagem, monocultura e reafirma compromisso com a Reforma Agrária Popular
Neste sábado (17), o Acampamento Marielle Franco, localizado na rodovia que liga Conceição da Barra a Itaúnas (ES), completou 60 dias de resistência ativa. Para marcar a data, o Movimento Resistência e Luta pela Terra (MRLT) realizou sua 7ª Assembleia Geral, reunindo famílias acampadas em um ato político de reafirmação da luta pela reforma agrária popular.
Com olhos brilhantes e sorrisos firmes, os acampados declararam não apenas o desejo de permanecer na terra, mas de conquistar definitivamente o direito à sua posse e à distribuição justa das terras públicas. “Lutaremos de punhos erguidos para ver a distribuição de terras no Brasil”, afirmou um dos participantes.
Durante os dois meses de mobilização, dois pedidos de reintegração de posse foram adiados pelo Judiciário capixaba, o que, segundo o MRLT, representa um alerta: a empresa Suzano, acusada de grilagem e da expansão da monocultura do eucalipto, insiste em manter a posse de terras públicas que deveriam estar destinadas à reforma agrária.
“A Suzano não faz reforma agrária. Quem a faz é o povo organizado, é o Estado sob pressão popular. Lutaremos por cada centímetro quadrado de terra, pelos indígenas, quilombolas, trabalhadores e trabalhadoras do campo”, declarou o coordenador nacional do MRLT.
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Por: Redaçâo Local | Jailson Santos