Governador de SP diz que perdoaria o ex-presidente “na hora”; PT e PSOL falam em afronta à vontade popular e veem admissão de culpa. Ala bolsonarista radical também reage
Promessa e reação.
Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que concederia perdão a Jair Bolsonaro se chegasse ao Planalto. “Na hora. Primeiro ato”, disse. A fala virou alvo de partidos progressistas e de adversários internos no bolsonarismo.
Impacto eleitoral.
Levantamentos recentes indicam rejeição majoritária à ideia de perdoar o ex-mandatário — dado explorado por PT e PSOL para isolar o governador no centro político.
Críticas da esquerda.
Para a presidente do PSOL, Paula Coradi, a promessa “demonstra completa desconexão com as preocupações da população”. O líder petista na Alesp, Antônio Donato, afirmou: “Quanto mais subserviente a Bolsonaro, mais Tarcísio se apequena.” A ministra Gleisi Hoffmann disse que o gesto “confirma culpa e desrespeito ao Estado de Direito”, e Paulo Teixeira chamou a fala de “pedágio pago à família Bolsonaro”.
Sinal ao bolsonarismo.
Em junho, Flávio Bolsonaro já exigira, como condição de apoio, um perdão e confronto com o STF, enquanto setores radicais — como Eduardo Bolsonaro — resistem a uma candidatura de Tarcísio em 2026.
Cálculo para 2026. O governador tem sido tratado como presidenciável por empresários e partidos de direita, mas diz que só entrará na disputa se houver pedido expresso de Bolsonaro — cenário que acirra disputas internas e amplia o flanco para críticas da oposição.
Por: Redaçâo Local | Jailson Santos