Criado em 17 de março de 2025, o acampamento marcou o surgimento do MRLT e se mantém em um estado onde o Judiciário e o Legislativo são acusados de conivência com a grilagem de terras.
O Acampamento Marielle Franco, instalado em 17 de março de 2025 — mesma data de fundação do Movimento Resistência e Luta pela Terra (MRLT) —, recebeu ordem de despejo com execução prevista para o dia 13 de maio. A ocupação, situada no Espírito Santo, se tornou símbolo de resistência ao permanecer ativa por quase dois meses, em um cenário nacional onde despejos costumam ocorrer em menos de uma semana.
A permanência prolongada do acampamento é vista pelos militantes como um feito significativo, especialmente em um estado onde, segundo o MRLT, tanto o Judiciário quanto o Legislativo mantêm relações com interesses ligados à grilagem de terras. “Trata-se de um território onde resistir é, por si só, um ato de enfrentamento ao poder instituído”, destaca a direção do movimento.
A Defensoria Pública informou que irá protocolar um agravo para tentar reverter judicialmente a decisão de reintegração. Para o MRLT, o local não é apenas uma ocupação, mas o berço de uma nova etapa da luta organizada pela reforma agrária no Espírito Santo.
A militância segue articulada, defendendo os chamados “acampamentos produtivos” como base para uma resistência ativa e contínua em defesa da terra e da justiça social.
Por: Redação