Pagamento a atingidos do desastre de Mariana marca encontro com movimentos sociais e lideranças do campo
A passagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Espírito Santo, nesta sexta-feira (11), foi mais que um gesto administrativo. Representou uma sinalização clara de que a justiça social, a reparação aos trabalhadores e a democratização da terra seguem como pilares do governo federal. Lula desembarcou em Linhares ao lado dos ministros Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), André de Paula (Pesca e Aquicultura), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência), Rui Costa (Casa Civil), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), além do governador Renato Casagrande e outras autoridades.
O principal objetivo da visita foi oficializar o início dos pagamentos aos trabalhadores atingidos pelo crime socioambiental de Mariana — uma reparação tardia, mas necessária, diante da dor e do abandono que marcaram a vida de milhares de camponeses e pescadores do Rio Doce.
Durante o evento, Lula foi recepcionado por lideranças populares, representantes de movimentos sociais e companheiros de luta. Um dos destaques foi a presença do coordenador estadual do Movimento Resistência e Luta pela Terra (MRLT), Agnaldo Cardoso, que dirigiu um recado direto ao presidente: “Os conflitos no campo exigem atenção dobrada. A distribuição de terras no Brasil precisa ser acelerada. A reforma agrária não pode esperar”, afirmou.
Cardoso ao lado do presidente celebrou o ato como uma resposta contundente à desinformação que insiste em deslegitimar a luta popular. “Essa indenização aos trabalhadores do campo e das águas é um cheque-mate contra as mentiras. O Brasil é dos brasileiros. E o povo organizado vai garantir que essa verdade seja respeitada”, declarou o dirigente do MRLT.
A visita de Lula reforça a união entre governo e movimentos sociais, reacendendo a esperança por um país onde a terra, a dignidade e os recursos naturais estejam nas mãos de quem nela vive, trabalha e produz.
Por: Redaçâo Local | Jailson Santos