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Moraes desafia Trump e reafirma “não recuar um milímetro” no combate à desinformação

Moraes desafia Trump e reafirma “não recuar um milímetro” no combate à desinformação

Ministro do STF resiste a sanções e pressões externas; defende democracia, responsabilização e vigilância contra “doença do autoritarismo”

Em entrevista ao Washington Post, o ministro do STF Alexandre de Moraes afirmou que não cederá às pressões internas e externas sobre sua atuação contra desinformação e ataques às instituições. Mesmo após Donald Trump impor tarifa de 50% a produtos brasileiros, revogar seu visto e incluí-lo na Lei Magnitsky, Moraes disse: “Não existe a menor possibilidade de recuar nem um milímetro.”

“Processo é prova e lei”“Receberemos a acusação, analisaremos as provas; quem tiver que ser condenado, será condenado; quem tiver que ser absolvido, será absolvido.”

Pressões e narrativas


Trump acusa Moraes de “caça às bruxas” contra Jair Bolsonaro. O Washington Post o descreveu como “xerife da democracia” e lembrou a suspensão do X no Brasil, quando Elon Musk o chamou de “Darth Vader do Brasil”.

Vacina contra o autoritarismo


Para Moraes, o Brasil já enfrentou ditaduras e requer vigilância permanente: “O Brasil foi infectado pela doença do autoritarismo. Nosso papel é aplicar a vacina.”

Decisões e controle


O ministro rejeita a crítica de “excesso de poder”: mais de 700 decisões sob sua relatoria foram revistas pelo STF e “nenhuma” foi derrubada.

Relação com EUA


Ele classifica a tensão como “temporária”, alimentada por narrativas falsas amplificadas nas redes, inclusive por Eduardo Bolsonaro: é preciso “esclarecer as coisas”.

Referências e custo pessoal


Moraes citou a tradição constitucional dos EUA (John Jay, Thomas Jefferson, James Madison) e reconheceu o impacto pessoal: “Não é agradável, mas enquanto houver necessidade, a investigação vai continuar.”

Por: Redaçâo Local | Jailson Santos