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Morre Sebastião Salgado, mestre da fotografia humanista, aos 81 anos

Morre Sebastião Salgado, mestre da fotografia humanista, aos 81 anos

Fotógrafo documentou a condição humana e a luta social com olhar sensível e engajado

Sebastião Salgado, considerado um dos maiores fotógrafos da história contemporânea, faleceu nesta quinta-feira (22), aos 81 anos, em Paris, onde morava. Ele enfrentava complicações de saúde decorrentes da malária, contraída nos anos 1990 durante expedições fotográficas.

Fundador do Instituto Terra, Salgado foi mais do que um fotógrafo: foi um agente da transformação social e ambiental. Ao lado de sua esposa, Lélia Wanick Salgado, liderou projetos de reflorestamento e recuperação ambiental na região do Vale do Rio Doce (MG), tornando o Instituto referência mundial em restauração ecológica.

Em nota, o Instituto Terra afirmou: “Sebastião revelou o mundo e suas contradições. Sua lente nos ensinou a ver com humanidade. Seguiremos cultivando a terra, a justiça e a beleza que ele acreditava ser possível restaurar. Nosso eterno Tião, presente!”

Reconhecido por seu estilo em preto e branco, Salgado documentou guerras, crises humanitárias e a vida de trabalhadores em diversos cantos do mundo. Entre seus trabalhos mais marcantes está a série sobre a Serra Pelada, nos anos 1980 e os Conflitos Agrários pela distribuição de terra no Brasil.

Salgado foi recentemente homenageado no Carnaval de Vitória (ES) com o samba-enredo “Os Olhos do Mundo – Assombros de Sebastião Salgado”, vencedor do grupo especial. Uma das alas representou a luta pela Reforma Agrária, com referência à exposição “Terra”, cujas imagens foram doadas por ele ao Movimento Sem Terra (MST) para a construção da Escola Nacional Florestan Fernandes.

 
 
 
 
 
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Por: Redaçâo Local | Jailson Santos